segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Condições de Trabalho




Os relatos históricos acerca da realidade de uma
fábrica inglesa no século XIX são impressionantes. Galpões
escuros e insalubres eram utilizados como espaço para a
produção, acidentes com as máquinas eram freqüentes e
acabavam muitas vezes provocando mutilações, sem que
houvesse o compromisso dos industriais com indenizações ou
mesmo com o custeio dos gostos com saúde.
Levando em consideração à inexistência de um Direito
que garantisse amparo aos operários, as jornadas de trabalho
respeitavam bem mais os limites da máquina do que do próprio
trabalhador, chegando ao inacreditável patamar de dezesseis
horas. Durante a maior parte do tempo, as atividades eram
exercidas em pé, sendo rigidamente vigiadas por capatazes que
não permitiam pausas.
Para alguns historiadores, a maior problemática do
trabalho nas fábricas era o ritmo de trabalho imposto pelos
industriais por intermédio de seus capatazes, o operário deveria
se adequar perfeitamente ao tempo da máquina se tornando
como que uma “parte orgânica” das engrenagens, parte esta
que por não ter recebido o investimento dos burgueses não iria
requerer o mesmo cuidado com o seu tempo útil.
Os salários era baixíssimos, o que provocava a
utilização de todos os membros de uma família no parque
industrial, mulheres e crianças realizavam muitas vezes as
mesmas atividades que os homens adultos sem receber um
pagamento equivalente aos deles.

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